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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Amiga aprendiz..


Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

Fernando Pessoa

Eu tentei! Juro que tentei. Tentei ser alguém melhor, tentei ser uma pessoa melhor, tentei ser uma amiga melhor! Mas parece que mais uma vez não consegui. Como diz o poema aí de cima, é muito difícil aprender a ser amiga. Quando a gente pensa que está acertando, na verdade está errando.

Não sei o que anda acontecendo... Para muitas coisas, não tenho explicação. Hoje só me sinto péssima. Estou decepcionada comigo, com mais ninguém, apenas comigo. Decepcionada com o fato de não ter conseguido, decepcionada com o fato de ter feito uma tentativa, de ter mudado algumas atitudes e de não ter sido como eu esperava, acabou se tornando pior. E mais decepcionada ainda com o fato de que decepcionei alguém, e sei como dói quando alguém importante pra gente nos decepciona. Sei como magoa e nos deixa tristes.

Por que ainda continuo fazendo besteira? Alguém tem a fórmula? Quem tiver, por favor, me passa. Porque eu queria ser a paz, mas acho que sou o tumulto. Ando sendo o tumulto constantemente.

Acho que o que preciso agora é de paciência. Paciência e tempo para acertar as distâncias e reestruturar.